quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eu defendo os valores fundamentais do Partido Verde por considerá-los parte dos Direitos Humanos e os interpreto assim.

1. Desenvolvimento sustentável

É uma realidade integrada por alguns fatores indispensáveis:

- crescimento econômico;

- divisão dos resultados econômicos com a sociedade;

- respeito à cultura (modo de vida e práticas) das comunidades da área de intervenção;

- proteção ao meio ambiente, tanto o macro como o micro;

- medidas compensatórias das agressões provocadas tanto ao meio ambiente quanto às comunidades da área de intervenção;

- recuperação dos danos anteriormente provocados por intervenções anteriores.

2. Cidadania

É um conjunto de direitos que todos devem ter para que cada um possa ser, caso queira, diferente dos outros:

- direito à vida;

- direito à liberdade;

- direito à integridade física;

- direito à integridade psicológica;

- direito à integridade moral;

- direito a um mínimo de recursos materiais para ter uma vida digna;

- direito de não ser discriminado;

- direito a um governo transparente;

- direito ao pleno acesso à informação;

- direito à mobilização como forma de reivindicação.

3. Democracia

É o direito de participar das deliberações através:

- do uso da palavra oral, escrita, de libras, presencial ou através dos meios de comunicação;

- de propostas e projetos;

- do voto.

A Democracia Representativa é também chamada de Indireta, pois os cidadãos não deliberam diretamente, sendo representados por vereadores, deputados e senadores.

A Democracia Direta é aquela em que o cidadão delibera através do voto. A legislação brasileira já prevê algumas formas de Democracia Direta, como o Plebiscito, o Referendo e a proposição de projetos denominados de Projetos de Iniciativa Popular. A Democracia Direta seria plenamente possível através da Intenet.

4. A justiça social

É a garantia da cidadania através da intervenção do Estado, regulando o mercado, defendendo os consumidores, controlando as práticas de empresas privadas e estatais e criando serviços e produzindo artigos necessários, porém não ofertados suficientemente pelas empresas privadas.

5. Liberdade

- liberdade de expressão política;

- liberdade de expressão cultural (A ONU não admite práticas culturais que violem a integridade física);

- direito à privacidade;

- livre arbítrio em relação ao próprio corpo;

- livre arbítrio em relação à iniciativa privada, no âmbito econômico.

6. Municipalismo

Na Idade Média européia surgiram algumas denominações para o poder responsável pela administração das cidades que estava nascendo ou renascendo: Comunas, Municípios, Conselhos ou Repúblicas.

Municipalismo é defesa da autodeterminação cada vez maior do Município, pois o poder nele constituído é o que melhor pode ser acompanhado e controlado pelos cidadãos e, também, o que melhor pode assisti-los.

7. Espiritualidade

“Reconhecimento da pluralidade de caminhos na busca da transcendência através de práticas espirituais e de meditação, ao livre arbítrio de cada um.”

- Liberdade religiosa;

- Separação entre Igreja e Estado.

8. Pacifismo

- Não violência;

- Defesa da vida;

- Autodeterminação dos povos;

- Desarmamento nuclear de todos os países;

- Desenvolvimento de programas educacionais de introdução de uma cultura de paz nos órgãos responsáveis pela Segurança.

9. Diversidade

Contra todas as formas de preconceito e discriminação racial, cultural, etária ou de orientação sexual.

Racismo Ambiental: é a prática “civilizada” de considerar as pessoas que vivem integradas aos ambientes naturais como pobres e sem importância, tais como povos indígenas, comunidades de pescadores, grupos quilombolas, aldeias agroecológicas etc. O Racismo Ambiental é a origem das mais profundas violências do mundo atual. As polícias incorporam o Racismo Ambiental agindo como se tivesse o direito de praticar violências contra as populações discriminadas. Como mais de 70% da população brasileira vivem em um Meio Ambiente de pobreza e como os pobres são discriminados, essa parcela da população sofre os efeitos do Racismo Ambiental.

Segundo o IPECE, está abaixo da linha de pobreza quem vive´, aproximadamente, com menos de meio salário mínimo e abaixo da linha de miséria com menos de um terço. Eu não concordo com esses números, pois meio salário mínimo não dá para pagar, dependendo da idade, nem o plano de saúde.

10. Internacionalismo

Contra quaisquer tendências destrutivas, tais como:

- chauvinismo: é o nacionalismo exacerbado permeado da exaltação ufanística e militarista dos símbolos nacionais.

- etnocentrismo: considerar a sua própria cultura como superior às dos outros povos ou comunidades.

- xenofobia: aversão a estrangeiros.

- integrismo religioso: é uma prática fundamentalista que reduz todas as práticas às regras de uma determinada crença.

- racismo: é considerar que alguns grupos são menos humanos que outros.

- neofascismo: é defender as práticas e idéias autoritaristas, totalitaristas, nacionalistas, racistas, antifeministas, homofóbicas, etnocêntricas, policialescas, eugênicas e militaristas dos regimes italiano e alemão do período entreguerras mundiais.

11. Cidadania feminina

“Homem e mulher devem buscar, como integrantes do sistema social, mudanças e transformações internas, que venham a se traduzir numa prática de caráter fundamentalmente cooperativo. Maior poder, maior participação e maior afirmação da mulher, dos valores e sensibilidade feminina, além do combate a todas as formas de discriminação machista ou sexista, pôr uma comunidade mais harmônica e pacífica.”

12. Saber

O investimento no conhecimento, como única forma de sair da indigência, do subdesenvolvimento e da marginalização para uma sociedade mais informada e preparada para o século XXI.

sábado, 3 de julho de 2010

Quando pensamos em meio ambiente

Professor Aristides

Quando pensamos em meio ambiente, temos que pensar em um conjunto de assuntos, entre os quais é obrigatório relacionar:

Ø a preservação e reprodução da natureza (tanto dos seres de grande como os de pequeno porte),

Ø a preservação, reprodução, saúde e felicidade das comunidades humanas, principalmente as comunidade nativas, as tradicionalmente constituídas e as agroecológicas, pois os membros das mesmas não estão aptas para competir no mundo capitalista;

Ø o desenvolvimento econômico;

Ø a distribuição dos benefícios do desenvolvimento econômico com a sociedade local e em geral,

Ø a preservação do patrimônio cultural e da memória social,

Ø a saúde dos povos e

Ø a preservação do planeta para as gerações futuras.

Quando pensamos em meio ambiente, no entanto, temos que considerar em primeiro lugar que o planeta terra conta com mais de seis bilhões de habitantes. Isso provoca uma importante contradição com relação a esse assunto, pois enquanto os recursos naturais precisam ser economizados para salvar a natureza, o sistema tem que produzir mais e vender mais para gerar mais empregos e, assim, o sistema é obrigado a incentivar o consumo.

O sistema, então, para aumentar o consumo, faz muita propaganda e produz artigos que duram pouco ou que ficam velhos, ultrapassados ou fora de moda em pouco tempo. As pessoas, então, são induzidas ou obrigadas a se tornarem consumistas. Assim, o aumento do consumo e da produção, da maneira como tem ocorrido até os dias de hoje, é destruidor do meio ambiente.

De acordo com esse sistema, tudo é permitido em função do crescimento econômico, desde as invasões militares para a incentivar as vendas de armas e aviões de combate até o uso indiscriminado de venenos para a produção de frutas.

Quando o homem se torna elite

As pessoas da elite controlam estruturas econômicas, políticas e sociais que interferem na vida de grandes grupos de seres humanos. Quando, por alguma razão, cometem algum erro, o que não é raro, pois o poder pode subir à cabeça, prejudicam muitas pessoas. Sendo assim, a sociedade precisa estar sempre organizada e em estado de mobilização para impedir que erros sejam cometidos por essa elite.

Por exemplo: O Presidente da Alemanha teve que renunciar porque disse que a Alemanha apoiou a invasão do Iraque para defender interesses econômicos; empresas usam agrotóxicos de forma abusiva para obter produtos mais baratos e, assim, violam a própria ordem econômica capitalista; desmatam; destroem mangues; enganam os clientes nos cartões de crédito ou nas contas de telefone; etc.

Sendo assim, a única forma de preservar o meio ambiente é a mudança radical na forma de produzir e de consumir. Em primeiro lugar, a produção tem que se tornar ecológica. O consumo tem que ser consciente. O lixo e outros dejetos precisam ser 100% reciclados.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Cultura e criação de empregos

O investimento em produtos e equipamentos culturais está entre os mais rentáveis socialmente.

As atividades culturais fazem com que as pessoas se sintam parte de uma comunidade, de uma sociedade e, assim, sintam-se responsáveis pelo meio em que vivem, criando a solidariedade e a ajuda mútua. Com isso as pessoas se desenvolvem com indivíduos, aprendem mais e constroem uma vida com mais saúde e felicidade.

As atividades culturais fazem com que um grupo social ou uma nação se sinta mais forte, pois elas são pontos de contato e de união.

Além disso, as atividades culturais criam infindáveis empregos. Se as pessoas desenvolvem o gosto pela música, surge a demanda por músicos, palcos, instrumentos musicais, professores de artes, pesquisas acadêmicas etc. Se gostam de pintura, cresce o mercado para pintores, ateliês, telas, tintas, professores, terapeutas etc. Se gostam de pólo aquático, aumentam a demanda por professores de educação física, técnicos, produtores de piscinas, médicos, nutricionistas, equipamentos típicos do esporte, jornalistas etc.

De uma maneira geral, as atividades culturais qualificam profissionais, alimentam a autoestima, evitam doenças, criam solidariedade, causam alegria, preservam a memória, geram segurança, redistribuem renda e criam empregos.

Podemos relacionar praticamente todas as profissões com as atividades culturais. Os médicos ligados aos esportes; os economistas à produção, divulgação e comercialização tanto dos equipamentos culturais como da própria produção cultural; os técnicos em seguranças; jornalistas; técnicos de todos os esportes olímpicos; historiadores; professores; bibliotecários; cantores; revisores; músicos; bailarinos; escritores; proprietários de equipamentos culturais; escultores; pintores; arquitetos; cientistas; artesãos; estilistas; promotores de eventos; microempresários; zeladores; burocratas; executivos; advogados; eletricistas; designers; editores; livreiros; atores etc. Enfim, quanto mais atividades culturais mais atividades econômicas.

Se cada bairro tivesse um museu, um arquivo público e uma imprensa oficial...

Se tivesse um camerata ou uma banda de lata...

Um mercado de artesanato...

Corpo de dança...

Museu de arte ou da memória...

Um teatro...

Se cada bairro tivesse uma olimpíada com todos os esportes olímpicos...

Se cada escola tivesse:

museu,

festival de dança, de teatro, de música, de literatura,

bandas,

time de vôlei, basquete, futsal, hand,

uma emissora de rádio,

uma emissora de televisão interna,

concurso de cinema e de fotografia,

uma minieditora...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A casa e os salários

Professor Aristides

A vida se desenvolve, sob muitos aspectos, em casa, onde há o convívio entre pais, irmãos, parentes, vizinhos e visitas. Em casa as pessoas possuem ferramentas, biblioteca, computador, televisão, despensa, geladeira e se sentem seguras.

A casa depende de sua localização, do seu entorno arquitetônico, socio-econômico, cultural e político. Nesse entorno, o fundamental é o emprego, pois com ele tem-se salário e, consequentemente, acesso às mercadorias e serviços.

Os salários precisam ser bons, pois assim as pessoas conseguem manter suas casas, ter boas escolas para si e para seus filhos, saúde, seguridade social, justiça, habitação, lazer, cultura e relacionamentos de maior escolaridade.

No campo, a pequena propriedade funciona como casa e como emprego. Daí a importância da Reforma Agrária e da criação de mecanismos de proteção às comunidades nativas, tradicionais e agroecológicas.

Nos últimos oito anos o salário mínimo no Brasil cresceu significativamente.

Em abril de 2002: salário mínimo igual a 86 dólares.

(Fonte: polnewsno.blogspot.com/ acesso em 02/04/2010)

Em abril de 2010: 289 dólares.

Além de fazer bem aos trabalhadores e às suas famílias, os bons salários fazem bem à economia do país, pois engrandecem o mercado consumidor e, assim, a indústria e a agricultura vendem mais, geram mais empregos e elevam ainda mais os salários.

Alguns setores reclamam do aumento de salários. Há empresas que não conseguem se adaptar à nova realidade e quebram. Empreendimentos rurais que respeitam a legislação trabalhista e cujos produtos agrícolas são muito baratos no mercado também sentem dificuldades com esse aumento. Muitas famílias não conseguem manter seus empregados ou empregadas domésticas.

Os aposentados, embora não reclamem do aumento do salário mínimo, sentem drasticamente a defasagem crescente entre o aumento do mesmo e o de seus proventos, justamente quando atingem a idade em que os planos de saúde e os remédios lhes ficam mais caros.

Como os salários na Europa, Japão e EUA são muito maiores, há uma margem grande para o seu crescimento no Brasil, sem prejuízo para os preços dos seus produtos enquanto concorrentes no mercado internacional.

Em quase todos os países europeus, o salário mínimo está à frente do Brasil. Vejamos alguns, por exemplo, em janeiro de 2009:

- Luxemburgo: 1642 euros. (3942 reais)

- Irlanda: 1462 euros. (3508 reais)

- Bélgica: 1387 euros. (3328 reais)

- França: 1321 euros. (3170 reais)

- Portugal: 450 euros. (1080 reais)

Fonte: Eurostat. (www.bomdia.lu > acesso em 31/03/2010)

Fonte: 1 euro igual a 2,40 reais (oglobo.globo.com/plantão/ > acesso em 02/04/2010)

Como um certo índice de trabalhadores desempregados empurra os salários para baixo, o sistema capitalista até parece ter um mecanismo intencional de manutenção de um alto nível de desemprego. Funcionando assim, os trabalhadores precisam reagir estando sempre sindicalizados e em estado de mobilização para a defesa dos empregos e dos salários, pois o patrão, contraditoriamente, embora sempre querendo vender mais sempre também quer pagar salários menores.

Defender o aumento dos salários no Brasil é lutar pela redução das desigualdades.

Defender o aumento dos salários no Brasil é lutar pelo crescimento do mercado consumidor.

Defender a redução da jornada de trabalho também é lutar pela redução das desigualdades.

Pelo fim do fator previdenciário!

Pela recuperação do poder de compra dos aposentados!

Pela extensão da seguridade social a todos os trabalhadores!

Professor Aristides

Soim em Paracuru


Em Paracuru ainda existem soins ou saguis,











apesar do desmatamento acelerado. No final de 2009, eu fotografei alguns deles.


Eles saltam de galho em galho entre as folhagens.






Este ao lado parecia estar posando para as fotos.













Quanto eles aparecem lá em casa nós lhes damos bananas. Eles também gostam de pão.












Dizem que a meninada atira pedras nos soins com baladeiras. Eu nunca vi. No entanto, alguns afirmam que eles estão diminuindo em número.






Eu não sei se deveria haver um movimento para salvar os soins de Paracuru. O que você acha?












Eles são espertos. Dificilmente mais de um ao mesmo tempo chega aos alimentos. Eles fazem revesamento.
























































































domingo, 9 de maio de 2010

Uma sugestão para os Serviços Públicos

Quando se tem um plano de saúde com alguma respeitabilidade, basta pegar o telefone e agendar a consulta. No dia da mesma, no consultório, há recepcionistas que, por telefone, lembram o horário ou avisam sobre mudanças. Na sala de espera há cadeiras almofadadas e revistas. Mesmo que haja um grande atraso, pois a Medicina não é uma ciência exata, o atendimento acontece.

Nas recepções dos postos de saúde públicos, apesar da solicitude de uma parte dos funcionários, há uma fila grande para se pegar uma senha para ser atendido após alguns meses. Fila para pegar senha. Fila para pegar senha. Quem chega depois das cinco da manhã pode ficar sem. Imaginem o que se passa no pensamento e nos sentimentos de uma pessoa doente, por exemplo, com câncer, quando tem que esperar meses para ser atendida.

Para intimidar aqueles que porventura queiram reclamar, alguns funcionários colocam um cartaz dizendo que “desacato, mesmo semântico, a funcionário público é crime” segundo a lei tal e tal e está sujeito a tantos anos de prisão.

Será que o suposto desacato não poderia ser interpretado como legítima defesa? Será que aqueles que fixam essa placa não estariam, antes, ferindo o Princípio da Eficiência?

Sugiro para melhorar muito o serviço público, que ele deveria primar por um bom atendimento por telefone pois, apesar das empresas de telecomunicações, quase toda a população do Brasil tem acesso à telefonia. Isso evitaria os sofrimentos e os gastos provocados pelo sistema de transportes públicos, incômodos com a locomoção quando se está adoentado, os prejuízos com as faltas ao emprego, os transtornos com os cuidados com os filhos, o desperdício de tempo e outros profundos infortúnios.

Todos os serviços públicos deveriam implantar um sistema de senhas quando não for possível atender na hora ou no dia, as quais seriam fornecidas por telefone ou internet.

Todo o andamento da prestação de serviços públicos deveria ser divulgado pelo internet, em tempo real. Deveria haver confirmação por telefone, bem como avisos sobre adiamentos, cancelamentos ou atrasos nos horários.

Deveria não deixar as pessoas em pé, sem água e sem café. Em caso de grandes atrasos, a repartição deveria ser obrigada a fornecer lanche gratuito aos usuários.

Deveria fornecer informações corretas para que as pessoas não fiquem zanzando de um lugar para outro, perdendo tempo e a paciência.

Deveria ser cordial: oi, olá, bom dia etc.

Deveria prestar maiores atenções para idosos, crianças, grávidas e deficientes.

Deveria sinalizar exaustivamente ruas e caminhos, bem como os guichês e salas das repartições.

Deveria cuidar da higienização e limpeza total dos bebedouros, cafés e cozinhas.

domingo, 2 de maio de 2010

Uma sugestão para o Sistema Educacional

Um grande problema da educação pública no Ceará não está somente na qualidade da escola ou na formação do Educador.

É certo que a temperatura nas salas de aula, que chega a muito mais de 30 graus todos os dias, causa indisposição e um mal estar muito grande nos alunos e nos educadores. A insegurança no interior da escola e no seu entorno é uma importante e justa alegação dos alunos para faltar às aulas, reforçando a tendência à evasão.

É certo, também, que professores com salários aviltados, sobrecarregados de trabalho e em salas sem ventiladores ou ares condicionados, não rendem o quanto poderiam render.

Esse grande problema, no entanto, está no entorno físico e cultural em que os alunos estão inseridos. Residências sem espaço físico, sem materiais de estudo e sem livros e revistas. Famílias, vizinhos e amigos apartados da educação escolar e sem condições de acompanhar a vida escolar das crianças e jovens. Escassez de serviços públicos de qualidade.

Analisando por outro prisma, escolas privadas são reputadas como boas. No entanto, é preciso observar que muitos de seus alunos frequentam escolas paralelas de alto nível e possuem amigos, familiares e vizinhos com nível superior de estudos. Frequentam, por exemplo, academia de ginástica, cursinhos de matérias específicas ou de redação, curso de inglês e aulas de violão. Quando estão com dificuldade, muitas vezes contratam aulas particulares. Possuem TV a cabo e acesso à internet.

O problema, dirão alguns, é a desigualdade social gerada pelo capitalismo. Eu concordo, porém enquanto estivermos sob esse sistema temos que torná-lo o mais humano possível.

Proponho, portanto, para os alunos das escolas públicas, que sejam criados “Salões de Tarefas de Casa e de Atividades Paradidáticas”, os quais funcionariam em salões de igrejas, nas próprias escolas, nas associações de moradores, em centros comunitários, garagens e sob mangueiras. Os orientadores desses salões seriam irmãos, mães, pais aposentados, obreiros de igrejas, irmãs de caridade e universitários. Seriam uma espécie de “mãezonas, tiozões ou monitores” próximo da residência dos estudantes.

Além da ajuda nas tarefas de casa, essas "mãezonas" receberiam treinamento para atuarem como orientadoras das famílias nas questões educacionais.

Esses monitores receberiam bolsas de trabalho dos governos estadual ou municipal, mediante apresentação de um plano de atividades e um determinado número mínimo de estudantes interessados.

Professor Aristides.